O ano é dividido em quatro trimestres. Bem, digamos que os quatro primeiros dias do ano representam, cada um, um dos trimestres do ano, de forma que cada um dos dias vai representar como será o trimestre. É, eu sei, é uma crença meio infantil, mas, ainda assim, não só de maturidade vivem os militantes, os sonhadores, os amantes, os poetas...
Então, fiz uma lista de coisas para fazer em cada um dos dias.
PRIMEIRO DIA:
- Caminhar
- Malhar um pouco
- Ouvir música
- Ver seriado
- Jogar video-game
- Ler coisas acadêmicas
- Ler coisas poéticas
- Escrever no blog
- Escrever "R"
- Ver coisas do M.E. (importante, video do EREP)
- Escrever sobre "o sistema" e a humanização da coordenação
- E-mail para o LACEP sobre a avaliação do "PPP"
SEGUNDO DIA:
- Caminhar
- Malhar um pouco
- Ouvir música
- Ver seriado
- Jogar video-game
- Ler coisas acadêmicas
- Escrever coisas acadêmicas
- Escrever no blog
- Escrever "R"
- ver coisas do M.E.
- Sair com amigos
TERCEIRO DIA:
- Caminhar e malhar um pouco
- Ouvir música e ver seriado
- Jogar video-game
- Ler coisas poéticas e acadêmicas
- Escrever "R"
- Ver coisas do M.E.
- Sair com amigos
- Não fazer nada
QUARTO DIA:
- Amar
- Fazer coisas do M.E.
- Ver coisas da academia
- Cuidar de si
- Escrever "R"
Creio que é isto.
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
Presente
"Não atendeu. Nem recebi meu presente de natal \= Você falhou kkk Não deixe de dar a calculadora científica. Ao dar a calculadora para alguém que não pode pagar você não contemplará o sentido do natal, mas sim o sentido de dar presentes. Este é o meu maior presente para você, que me deu ótimas lembranças em 2010. Não deixe de recebê-lo. Com carinho,"
domingo, 26 de dezembro de 2010
Natal
Meu avô acabou comigo neste Natal.
Aconteceu neste dia em que lembramos do nascimento de Cristo ou, dependendo da sua religião, comemoramos seu real nascimento, pois Jesus nasceu uma única vez em todos os 25 de Dezembro por toda a eternidade. Dogma cristão católico.
Enfim, estamos na festa de familia. Fazia muito tempo que eu não o via. Ele estava mais fraco, seus olhos estavam mais claros, tornando visivel aos outros que estava com a visão comprometida.
Ele mal escutava as coisas. Peralta, o gato, havia morrido fazia tempo. Tinha inchaços nas pernas, de forma que andar era dificil e eu mesmo tive que ajudá-lo, pois nem a bengala já fornecia apoio o suficiente.
Meu irmão esta morando com ele, sendo este também o motivo pelo qual eu não ando mais lá. Mas o fato de meu irmão estar por lá não implica em atenção ou cuidado, não, definitivamente não. Imagino este homem solitário, um grande solitário. Meu avô.
Mas o fato que acabou comigo foi ao final. Estavamos para sair, quando, vendo aquele homem acabado, lhe decidir dar mais do que um aperto de mão, mas um abraço. Lhe dei o tímido abraço, como se dá em alguém sentado na cadeira de balança, ele então me falou:
- E seja muito feliz.
E isso acabou comigo.
Eu senti um tom de infelicidade no seu tom de voz e isso acabou com a minha paz dentro da primeira hora do dia do nascimento daquele que deveria salvar a toda a humanidade.
A infelicidade de um solitário moribundo que mal anda, mal vê, mal ouve e mal tem saúde. Infelicidade esta que posso esquecer-me sobre a qualquer momento, mas que, por amor ao Deus que nem sei mais se acredito, teimarei em deixá-lo vivo.
E eu espero ser capaz de lutar por este moribundo e solitário homem.
Aconteceu neste dia em que lembramos do nascimento de Cristo ou, dependendo da sua religião, comemoramos seu real nascimento, pois Jesus nasceu uma única vez em todos os 25 de Dezembro por toda a eternidade. Dogma cristão católico.
Enfim, estamos na festa de familia. Fazia muito tempo que eu não o via. Ele estava mais fraco, seus olhos estavam mais claros, tornando visivel aos outros que estava com a visão comprometida.
Ele mal escutava as coisas. Peralta, o gato, havia morrido fazia tempo. Tinha inchaços nas pernas, de forma que andar era dificil e eu mesmo tive que ajudá-lo, pois nem a bengala já fornecia apoio o suficiente.
Meu irmão esta morando com ele, sendo este também o motivo pelo qual eu não ando mais lá. Mas o fato de meu irmão estar por lá não implica em atenção ou cuidado, não, definitivamente não. Imagino este homem solitário, um grande solitário. Meu avô.
Mas o fato que acabou comigo foi ao final. Estavamos para sair, quando, vendo aquele homem acabado, lhe decidir dar mais do que um aperto de mão, mas um abraço. Lhe dei o tímido abraço, como se dá em alguém sentado na cadeira de balança, ele então me falou:
- E seja muito feliz.
E isso acabou comigo.
Eu senti um tom de infelicidade no seu tom de voz e isso acabou com a minha paz dentro da primeira hora do dia do nascimento daquele que deveria salvar a toda a humanidade.
A infelicidade de um solitário moribundo que mal anda, mal vê, mal ouve e mal tem saúde. Infelicidade esta que posso esquecer-me sobre a qualquer momento, mas que, por amor ao Deus que nem sei mais se acredito, teimarei em deixá-lo vivo.
E eu espero ser capaz de lutar por este moribundo e solitário homem.
Sex0
Deixei Sex0 no lugar de Sexo. Foi um "ato falho" do teclado, o dedo escorregou o ó e teclou o zero no lugar.
Ai, o terrível
O desejo ardente desejo desejante toma
Sede de um corpo
Qual corpo?
Essa é a pior parte
é sede de qualquer corpo
quando, na verdade,
existe apenas um corpo que realmente desejo
e que não ostento reais esperanças de rever.
É uma sede específica que se não-mata bebendo de qualquer coisa
Mas o cruel corpo
ao invés de ansiar quieto
precisa não-matar essa sede
bebendo dos corpos
outros
que não o único corpo
que a mataria.
Fuga estúpida fuga
que não se permite
quieta
morrer de sede.
Ai, o terrível
O desejo ardente desejo desejante toma
Sede de um corpo
Qual corpo?
Essa é a pior parte
é sede de qualquer corpo
quando, na verdade,
existe apenas um corpo que realmente desejo
e que não ostento reais esperanças de rever.
É uma sede específica que se não-mata bebendo de qualquer coisa
Mas o cruel corpo
ao invés de ansiar quieto
precisa não-matar essa sede
bebendo dos corpos
outros
que não o único corpo
que a mataria.
Fuga estúpida fuga
que não se permite
quieta
morrer de sede.
O Rapaz do Interior
Aconteceu na madrugada do dia 12 de Dezembro do ano de 2010
Ele se deitou do meu lado, e cruzou sua perna direita com a minha perna esquerda. Era o mais claro sinal. Bêbados dão sinais, diferente dos sóbrios.
A pessoa do nosso lado vomita. Mudamos o colchão de casal de lugar. Quem deveria estar dormindo comigo é Israu, mas agora ele se encontrava em cochonetes da sala de grupo.
De forma que, estavamos, os três, aonde tenho fé que, naquele instante, oito horas atrás, aonde pensamos que poderiamos estar: Israu sozinho e o rapaz do interior no colchão de casal comigo.
Mudamos o colchão de lugar.
Ele se deitou e colocou o braço por detrás da minha nuca. Me senti parte de um casal, dormindo semi-abraço. Levei a minha cabeça mais para o seu ombro, ele respondeu, inclinando sua cabeça mais perto da minha. Os detalhes eu perdi, eu perdi mesmo no tempo, mas fui inclinando o corpo, levantando a cabeça, pus meu braço o abraçando pela cintura, e ele levantou rapidamente, retirou o aparelho para bruxismo e em seguida inclinou sua cabeça tão próximo a minha que eu não sei quem beijou quem: se foi ele quem me beijou, se fui eu quem o beijei ou se nos beijamos mutuamente.
De qualquer forma lá estavamos; sussurros rolaram.
Eu: Eu quero te beijar desde que cheguei aqui.
Ele: Eu quero te beijar desde que nos falamos pela primeira vez, por msn.
Os selinhos se tornaram comuns entre os beijos ardentes. Terminamos. Ele me deu vários rápidos selinhos, como se me chamasse de fofo. Eu, claro, gamei.
No final do encontro, não pude dar o beijo de despedida, embora, sim, pude demonstrar meu carinho. Eu queria um pouco mais. Sair sem dar aquele ultimo beijo deixou uma gestalt aberta.
Mas foi até bom. Agora estamos namoradinhos, pelo msn. E o futuro? Se eu pudesse, congelava o presente, pois não encontro sustentação e tenho receio dos futuros pecados.
Mas, de qualquer forma, dentre todas as coisas a que agradeço 2010, tenho gratidão pelo meu namoradinho virtual do interior.
Ele se deitou do meu lado, e cruzou sua perna direita com a minha perna esquerda. Era o mais claro sinal. Bêbados dão sinais, diferente dos sóbrios.
A pessoa do nosso lado vomita. Mudamos o colchão de casal de lugar. Quem deveria estar dormindo comigo é Israu, mas agora ele se encontrava em cochonetes da sala de grupo.
De forma que, estavamos, os três, aonde tenho fé que, naquele instante, oito horas atrás, aonde pensamos que poderiamos estar: Israu sozinho e o rapaz do interior no colchão de casal comigo.
Mudamos o colchão de lugar.
Ele se deitou e colocou o braço por detrás da minha nuca. Me senti parte de um casal, dormindo semi-abraço. Levei a minha cabeça mais para o seu ombro, ele respondeu, inclinando sua cabeça mais perto da minha. Os detalhes eu perdi, eu perdi mesmo no tempo, mas fui inclinando o corpo, levantando a cabeça, pus meu braço o abraçando pela cintura, e ele levantou rapidamente, retirou o aparelho para bruxismo e em seguida inclinou sua cabeça tão próximo a minha que eu não sei quem beijou quem: se foi ele quem me beijou, se fui eu quem o beijei ou se nos beijamos mutuamente.
De qualquer forma lá estavamos; sussurros rolaram.
Eu: Eu quero te beijar desde que cheguei aqui.
Ele: Eu quero te beijar desde que nos falamos pela primeira vez, por msn.
Os selinhos se tornaram comuns entre os beijos ardentes. Terminamos. Ele me deu vários rápidos selinhos, como se me chamasse de fofo. Eu, claro, gamei.
No final do encontro, não pude dar o beijo de despedida, embora, sim, pude demonstrar meu carinho. Eu queria um pouco mais. Sair sem dar aquele ultimo beijo deixou uma gestalt aberta.
Mas foi até bom. Agora estamos namoradinhos, pelo msn. E o futuro? Se eu pudesse, congelava o presente, pois não encontro sustentação e tenho receio dos futuros pecados.
Mas, de qualquer forma, dentre todas as coisas a que agradeço 2010, tenho gratidão pelo meu namoradinho virtual do interior.
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
Após tua resposta seca
A: E o grupo de estudos?
R: ...
Nem sei.
Ta tudo uma bagunça e fora do lugar
eu quero colo
eu quero paz
eu quero tudo de volta
como tava antes
eu queria ficar em casa
eu queria dormir um mês
e acordar, assim, sem... sem... sem...
Eu queria não ser touro com ascendente em touro
Então eu não teria isto a que culpar
R: ...
Nem sei.
Ta tudo uma bagunça e fora do lugar
eu quero colo
eu quero paz
eu quero tudo de volta
como tava antes
eu queria ficar em casa
eu queria dormir um mês
e acordar, assim, sem... sem... sem...
Eu queria não ser touro com ascendente em touro
Então eu não teria isto a que culpar
terça-feira, 30 de novembro de 2010
Jaspers
Tenho prova de Psicopatologia Fenomenológica amanhã.
Mal fui pra aula e não tenho nenhum texto. Entendo Husserl, entendo Heidegger e entendo Carl Rogers. Não sei muito sobre Jaspers. Nada, na verdade.
Não sei se olho pra Wikipédia, no google, sei lá. Ai meu Deus!!!
Há quem diga que seria eu um completo vagabundo. Nem discordo se me chamarem de vagabundo, mas completo...
Ora, se a um mês atrás escrevi um artigo científico em uma semana por causa de umas besteiras muito grandes que um professor falou em sala de aula.
Se eu estou arriscando não conseguir tirar a carteira de motorista pra não faltar as reuniões de campo da pesquisa, com os jovens da escola pública Santa Luzia.
Se a minha quebra de pré-requisito não foi aceita e não posso fazer Estágio, mas, ainda assim, independente disto, eu quero ir pra Escola da professora Luciana Lobo ser um dos facilitadores mesmo sem estar matriculado em Estágio, sem ganhar crédito nem nada institucionalmente e sabendo que ao invés de passar um ano e meio terei que passar dois anos na escola.
Ora, que me importa Jaspers? Ainda mais vindo que um professor que consegue muitos adjetivos para si menos bom e suas variavéis.
Sinceramente? Quem me considerar um completo vagabundo, preso na sua visão de só enxergar o mundo por créditos, certificados e IRA, não me interessa em nada e não tem meu respeito pela opinião.
Mal fui pra aula e não tenho nenhum texto. Entendo Husserl, entendo Heidegger e entendo Carl Rogers. Não sei muito sobre Jaspers. Nada, na verdade.
Não sei se olho pra Wikipédia, no google, sei lá. Ai meu Deus!!!
Há quem diga que seria eu um completo vagabundo. Nem discordo se me chamarem de vagabundo, mas completo...
Ora, se a um mês atrás escrevi um artigo científico em uma semana por causa de umas besteiras muito grandes que um professor falou em sala de aula.
Se eu estou arriscando não conseguir tirar a carteira de motorista pra não faltar as reuniões de campo da pesquisa, com os jovens da escola pública Santa Luzia.
Se a minha quebra de pré-requisito não foi aceita e não posso fazer Estágio, mas, ainda assim, independente disto, eu quero ir pra Escola da professora Luciana Lobo ser um dos facilitadores mesmo sem estar matriculado em Estágio, sem ganhar crédito nem nada institucionalmente e sabendo que ao invés de passar um ano e meio terei que passar dois anos na escola.
Ora, que me importa Jaspers? Ainda mais vindo que um professor que consegue muitos adjetivos para si menos bom e suas variavéis.
Sinceramente? Quem me considerar um completo vagabundo, preso na sua visão de só enxergar o mundo por créditos, certificados e IRA, não me interessa em nada e não tem meu respeito pela opinião.
A alegria que outrora me trouxeste...
Perdeu-se...
resta a lembrança.
Minha memória ruim, mesmo ruim, péssima
me impede de esquecer teus olhos, teus sorriso, tua voz
teus gemidos de alegria e o jeito como olha quando quer alguma coisa
de criança que quer um doce e pede.
Um rosto de criança meiga e inocente.
Eu me esqueço de tudo, menos de te esquecer.
Um dia esquecerei? Provavelmente,
mas hoje cada nervo e músculo do meu corpo
não quer te esquecer.
Meu feliz sofrimento.
Pandora fez mal.
Pois quando abriu a caixa deixou escapar todos os males
menos, dentre tantos e tantos males, o pior
A ESPERANÇA.
Perdeu-se...
resta a lembrança.
Minha memória ruim, mesmo ruim, péssima
me impede de esquecer teus olhos, teus sorriso, tua voz
teus gemidos de alegria e o jeito como olha quando quer alguma coisa
de criança que quer um doce e pede.
Um rosto de criança meiga e inocente.
Eu me esqueço de tudo, menos de te esquecer.
Um dia esquecerei? Provavelmente,
mas hoje cada nervo e músculo do meu corpo
não quer te esquecer.
Meu feliz sofrimento.
Pandora fez mal.
Pois quando abriu a caixa deixou escapar todos os males
menos, dentre tantos e tantos males, o pior
A ESPERANÇA.
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
Final de Semestre
Poesia
Poesia
Poesia
Poesia
Poesia
Poesia
Poesia
Poesia
Trabalho
Poesia
Poesia
Poesia
Trabalho
Poesia
Trabalho
Trabalho
Poesia
Poesia
Trabalho
Poesia
Trabalho
Poesia
Trabalho
Poesia
Trabalho
Poesia
Trabalho
Poesia
Trabalho
Poesia
Trabalho
Trabalho
Poesia
Trabalho
Trabalho
Poesia
Trabalho
Trabalho
Trabalho
Trabalho
Trabalho
Poesia
Trabalho
Trabalho
Trabalho
Trabalho
Poes...
Trabalho
Trabalho
Poe...
Trabalho
Trabalho
P...
Trabalho
Trabalho
...
Trabalho
Trabalho
Trabalho
Trabalho
Trabalho
Trabalho
Poesia
Poesia
Poesia
Poesia
Poesia
Poesia
Poesia
Trabalho
Poesia
Poesia
Poesia
Trabalho
Poesia
Trabalho
Trabalho
Poesia
Poesia
Trabalho
Poesia
Trabalho
Poesia
Trabalho
Poesia
Trabalho
Poesia
Trabalho
Poesia
Trabalho
Poesia
Trabalho
Trabalho
Poesia
Trabalho
Trabalho
Poesia
Trabalho
Trabalho
Trabalho
Trabalho
Trabalho
Poesia
Trabalho
Trabalho
Trabalho
Trabalho
Poes...
Trabalho
Trabalho
Poe...
Trabalho
Trabalho
P...
Trabalho
Trabalho
...
Trabalho
Trabalho
Trabalho
Trabalho
Trabalho
Trabalho
sábado, 20 de novembro de 2010
OCO
Escrevo
Escrevo
escreve no escuro do meu quarto
com o coração na escuridão.
Hoje foi um dia como outro
ou os outros deveriam ser como este dia.
Oco
Eu observei meus atos ocos
e meu vazio futuro.
Me sinto mal.
Não há nada além de solidão.
E as escolhas são
sofrer
ou anestesiar-se.
Não tenho, no momento, como escrever palavras bonitas.
Não tenho, no momento, como possuir fé em nada.
Não tenho, no momento, nada
OCO
Apenas vazio e solidão
eu sofro pelos outros ou sofro por mim?
Estou sofrendo pelo meu avô
ou apenas por mim mesmo?
Meu avô...
Ele mal anda.
Ele mal vê. Mal escuta.
Meu avô vive um solitário final de vida
Solidão.
Onde estão os amigos dele?
Os vizinhos?
Alí só está um pobre ser
que mal consegue andar,
enxegar,
ouvir,
se comunicar.
Solidão, infinita solidão.
Viver oco.
Mas eu sofro por mim.
Na verdade
meu avô era brigado, a mais de anos e anos
com o irmão
e quando o irmão morreu, meu avô não foi ao funeral nem ao enterro.
Preferiu ficar em casa.
Eu tenho um irmão com quem estou brigado
e não espero isto mudar.
Talvez, se ele morresse, eu preferisse ficar em casa a ir ao seu funeral.
Me dói no momento, isto.
Que ao olhar para o meu avô
observo, na verdade, meu próprio futuro.
Observo minha morte solitária
e o estender do meu pulso e pulmão, para além da minha morte
Nesse cotidiano de silêncios velados
- cujos meus serão piores, pois não terei filhos
nas paredes mortas de uma casa da qual não sairei por meses
no passar de horas e dias e meses vazios
deste não-viver oco.
Escrevo
escreve no escuro do meu quarto
com o coração na escuridão.
Hoje foi um dia como outro
ou os outros deveriam ser como este dia.
Oco
Eu observei meus atos ocos
e meu vazio futuro.
Me sinto mal.
Não há nada além de solidão.
E as escolhas são
sofrer
ou anestesiar-se.
Não tenho, no momento, como escrever palavras bonitas.
Não tenho, no momento, como possuir fé em nada.
Não tenho, no momento, nada
OCO
Apenas vazio e solidão
eu sofro pelos outros ou sofro por mim?
Estou sofrendo pelo meu avô
ou apenas por mim mesmo?
Meu avô...
Ele mal anda.
Ele mal vê. Mal escuta.
Meu avô vive um solitário final de vida
Solidão.
Onde estão os amigos dele?
Os vizinhos?
Alí só está um pobre ser
que mal consegue andar,
enxegar,
ouvir,
se comunicar.
Solidão, infinita solidão.
Viver oco.
Mas eu sofro por mim.
Na verdade
meu avô era brigado, a mais de anos e anos
com o irmão
e quando o irmão morreu, meu avô não foi ao funeral nem ao enterro.
Preferiu ficar em casa.
Eu tenho um irmão com quem estou brigado
e não espero isto mudar.
Talvez, se ele morresse, eu preferisse ficar em casa a ir ao seu funeral.
Me dói no momento, isto.
Que ao olhar para o meu avô
observo, na verdade, meu próprio futuro.
Observo minha morte solitária
e o estender do meu pulso e pulmão, para além da minha morte
Nesse cotidiano de silêncios velados
- cujos meus serão piores, pois não terei filhos
nas paredes mortas de uma casa da qual não sairei por meses
no passar de horas e dias e meses vazios
deste não-viver oco.
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Desabafo Rápido 2
Hoje recebi uma ligação, pela manhã. Era a mulher ligando da Auto-escola, querendo marcar a primeira aula de direção após um mês desde que procurei a auto-escola com os documentos.
Segundo ela, a aula deve ser quarta-feira à tarde e eu não posso faltar em nenhuma hipótese, pois o inicio do meu processo é de Janeiro, e em breve o DETRAN vai entrar em recesso, pois Dezembro já está chegando.
O problema é que quarta eu tenho campo da pesquisa, o terceiro de cinco encontros. E, além de eu ADORAR a pesquisa, por motivo de doença tive que faltar o encontro de campo desta semana por motivo de doença.
Pelo que eu entendi, se eu faltar já era. E não existe outro horário para a primeira aula (mesmo eu tendo a sexta-feira INTEIRA livre - manhã e tarde). E ela foi arrumar uma aula para mim um mês depois, putz, eu tinha um mês de quartas livres!
O que leva a questão central deste post que é: tenho que escolher para onde ir quarta: ou para duas aulas de direção, em que meu pai pagou 1000 reais, ou para um encontro de um grupo focal com jovens de escola pública com o tema Sexualidade e Mídia.
Sinceramente, eu mal faço idéia do que fazer. Vou viajar pra Canafístula (interiorzão do Ceará) fazer Extensão com os jovens da EPC (Escola Popular Cooperativa) e quando eu voltar amanhã, aí sim eu vejo se penso sobre o que fazer, se sobrar tempo após fazer os Slides do caso Leonardo da Vinci (É Freud!).
Ai ai
Segundo ela, a aula deve ser quarta-feira à tarde e eu não posso faltar em nenhuma hipótese, pois o inicio do meu processo é de Janeiro, e em breve o DETRAN vai entrar em recesso, pois Dezembro já está chegando.
O problema é que quarta eu tenho campo da pesquisa, o terceiro de cinco encontros. E, além de eu ADORAR a pesquisa, por motivo de doença tive que faltar o encontro de campo desta semana por motivo de doença.
Pelo que eu entendi, se eu faltar já era. E não existe outro horário para a primeira aula (mesmo eu tendo a sexta-feira INTEIRA livre - manhã e tarde). E ela foi arrumar uma aula para mim um mês depois, putz, eu tinha um mês de quartas livres!
O que leva a questão central deste post que é: tenho que escolher para onde ir quarta: ou para duas aulas de direção, em que meu pai pagou 1000 reais, ou para um encontro de um grupo focal com jovens de escola pública com o tema Sexualidade e Mídia.
Sinceramente, eu mal faço idéia do que fazer. Vou viajar pra Canafístula (interiorzão do Ceará) fazer Extensão com os jovens da EPC (Escola Popular Cooperativa) e quando eu voltar amanhã, aí sim eu vejo se penso sobre o que fazer, se sobrar tempo após fazer os Slides do caso Leonardo da Vinci (É Freud!).
Ai ai
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
Um Mês
Falta um mês. Um mês! Me dei conta disto hoje.
Passei os ultimos dois dias doentes. Mas não é isto que rouba o meu tempo.
De certa forma, a doença também me salvou.
Mas, enfim, falta um mês! Uma semana, antigamente, era tempo o bastante para um livro. Mas eu mudei, infelizmente eu mudei, e não sei se um mês seria tempo o bastante para duas ou três poesias.
Mas como eu mudei...
A questão não é então encarar a mudança de forma essêncialista, mas, sim, política. O que fala? Para onde aponta? Como se posicionar frente a isto?
Quem sou eu? Quem gostaria de ser? Por quê? Com que fim?
Todos morremos. FATO. E isso não me foge da mente sempre que eu paro para pensar nessas questões de sentido da vida e tal. Porque, se morremos, e se podemos morrer a qualquer momento, quando menos esperarmos, e, talvez, nada poderemos fazer quando o conflito com a morte chegar, de forma que a finitude seria apenas inevitável... enfim, se podemos morrer a qualquer segundo, como estou vivendo a minha vida? Como me faço presente na vida das pessoas? E daqueles que amo? Aproveito as oportunidades? Como serei lembrado, que frutos deixarei? O que eu gostaria que fosse a ultima frase dita por mim na minha existência?
Enfim, ufa! Que viagem!
Acho que o essencial, para mim, neste momento - neste segundo - é pensar em como aproveitar e construir em cima do agora.
...porque talvez um mês possa nem chegar.
Passei os ultimos dois dias doentes. Mas não é isto que rouba o meu tempo.
De certa forma, a doença também me salvou.
Mas, enfim, falta um mês! Uma semana, antigamente, era tempo o bastante para um livro. Mas eu mudei, infelizmente eu mudei, e não sei se um mês seria tempo o bastante para duas ou três poesias.
Mas como eu mudei...
A questão não é então encarar a mudança de forma essêncialista, mas, sim, política. O que fala? Para onde aponta? Como se posicionar frente a isto?
Quem sou eu? Quem gostaria de ser? Por quê? Com que fim?
Todos morremos. FATO. E isso não me foge da mente sempre que eu paro para pensar nessas questões de sentido da vida e tal. Porque, se morremos, e se podemos morrer a qualquer momento, quando menos esperarmos, e, talvez, nada poderemos fazer quando o conflito com a morte chegar, de forma que a finitude seria apenas inevitável... enfim, se podemos morrer a qualquer segundo, como estou vivendo a minha vida? Como me faço presente na vida das pessoas? E daqueles que amo? Aproveito as oportunidades? Como serei lembrado, que frutos deixarei? O que eu gostaria que fosse a ultima frase dita por mim na minha existência?
Enfim, ufa! Que viagem!
Acho que o essencial, para mim, neste momento - neste segundo - é pensar em como aproveitar e construir em cima do agora.
...porque talvez um mês possa nem chegar.
sábado, 13 de novembro de 2010
Desabafo rápido
O ser que escreve a história da minha vida tá de sacanagem comigo.
Falo isto, SE existir algo maior que faz as coincidências da vida acontecerem. SE existir esta força maior, então ela realmente adora tirar uma com a minha cara.
Estava no msn, conversando havia meia hora e então eu soltei a pergunta. A pergunta que eu queria fazer, a pergunta que seria seguida de um momento de tensão.
Aí, a internet caí, um segundo após eu lançar a pergunta e só volta uns 40 minutos depois. Obviamente ele não estava mais lá e, como caiu, se ele escreveu algo, eu não posso ler.
Definitivamente, esta entidade, SE existir, adora rir da minha cara.
Falo isto, SE existir algo maior que faz as coincidências da vida acontecerem. SE existir esta força maior, então ela realmente adora tirar uma com a minha cara.
Estava no msn, conversando havia meia hora e então eu soltei a pergunta. A pergunta que eu queria fazer, a pergunta que seria seguida de um momento de tensão.
Aí, a internet caí, um segundo após eu lançar a pergunta e só volta uns 40 minutos depois. Obviamente ele não estava mais lá e, como caiu, se ele escreveu algo, eu não posso ler.
Definitivamente, esta entidade, SE existir, adora rir da minha cara.
terça-feira, 9 de novembro de 2010
Sobre escrever
Eu prometi umas poesias. Mas sinto extrema dificuldade de escrevê-las.
O motivo, creio eu, sou eu. Conforme escrito em uma delas, eu roubo meu próprio tempo. Músicas, textos que nunca serão lidos, coisas que nunca serão esquecidas. Eu gasto meu tempo de estudo fazendo outras coisas e o meu tempo livre recuperando os estudos.
Nunca meus estudos foram tão avacalhados.
Estava me segurando para não escrever este post ontem, não sei porque. Me arrependo, pois se ele tivesse saído ontem, creio que talvez fosse mais livre e mais expressivo. Mas ontem já passou e eu tenho é o hoje para agir. Ai, o hoje...
Enfim, devo poesias. A mim mesmo, a um amigo, ao universo, ao meu "super-id-ego".
Devo poesias, mas primeiro devo brincar de policia e ladrão e conseguir de volta coisas que roubo de mim mesmo.
Ai, minha vida deveria ser uma poesia, mas, as vezes, tenho medo de que ela seja uma piada.
O motivo, creio eu, sou eu. Conforme escrito em uma delas, eu roubo meu próprio tempo. Músicas, textos que nunca serão lidos, coisas que nunca serão esquecidas. Eu gasto meu tempo de estudo fazendo outras coisas e o meu tempo livre recuperando os estudos.
Nunca meus estudos foram tão avacalhados.
Estava me segurando para não escrever este post ontem, não sei porque. Me arrependo, pois se ele tivesse saído ontem, creio que talvez fosse mais livre e mais expressivo. Mas ontem já passou e eu tenho é o hoje para agir. Ai, o hoje...
Enfim, devo poesias. A mim mesmo, a um amigo, ao universo, ao meu "super-id-ego".
Devo poesias, mas primeiro devo brincar de policia e ladrão e conseguir de volta coisas que roubo de mim mesmo.
Ai, minha vida deveria ser uma poesia, mas, as vezes, tenho medo de que ela seja uma piada.
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Poesia Acidental (Sem título)(assim como faltam títulos a todas as ausências)
Hoje o vi no Shopping Benfica. Tal ocorrido me leva a escrever estas linhas. É a primeira poesia que escrevo para Magdiel, apesar dos 5 meses que passamos juntos e 1 mês que passamos separados – o que reforça minha teoria de que não sei escrever sobre nada que me faz feliz.
Meus pensamentos andavam
Como meus olhos
Pelos lugares
Pela parada
Meus pensamentos
Naquele momento
Estavam em você.
Meus pensamentos estavam
Nas saudades que sinto
No desejo de lhe ver
Mais uma vez lhe ver
Um mês passou e eu mal pisquei meus olhos
E dentro desta eternidade eu me pergunto
Sobre esse vazio.
Definitivamente, falta uma vida na minha vida!
E foi quando o vi
Naquele segundo estranho
Naquele Shopping
Meus pensamentos estavam em você
Na minha vontade de lhe rever
E você me apareceu
Sentado em um banco
Conversando com os amigos.
Naquele segundo, por um segundo
Meus pés fraquejaram de leve
Faz tanto tempo...
Virei o olhar, virei o corpo
Não quis aquele desejado encontro
- por hoje
Mas eu percebi a ausência
Faz tanto que eu não sei mais
Faz tanto que não ouço sua voz
Faz tanto que não recebo brincadeiras
Eu achava que nesta hora você estaria em aula
Não sei mais da sua vida.
Me dei conta desta ausência.
Dei-me conta da saudade
Sim, o futuro é imenso
Mas às vezes
O presente pequeno
Pesa mais.
Meus pensamentos andavam
Como meus olhos
Pelos lugares
Pela parada
Meus pensamentos
Naquele momento
Estavam em você.
Meus pensamentos estavam
Nas saudades que sinto
No desejo de lhe ver
Mais uma vez lhe ver
Um mês passou e eu mal pisquei meus olhos
E dentro desta eternidade eu me pergunto
Sobre esse vazio.
Definitivamente, falta uma vida na minha vida!
E foi quando o vi
Naquele segundo estranho
Naquele Shopping
Meus pensamentos estavam em você
Na minha vontade de lhe rever
E você me apareceu
Sentado em um banco
Conversando com os amigos.
Naquele segundo, por um segundo
Meus pés fraquejaram de leve
Faz tanto tempo...
Virei o olhar, virei o corpo
Não quis aquele desejado encontro
- por hoje
Mas eu percebi a ausência
Faz tanto que eu não sei mais
Faz tanto que não ouço sua voz
Faz tanto que não recebo brincadeiras
Eu achava que nesta hora você estaria em aula
Não sei mais da sua vida.
Me dei conta desta ausência.
Dei-me conta da saudade
Sim, o futuro é imenso
Mas às vezes
O presente pequeno
Pesa mais.
domingo, 7 de novembro de 2010
Valsa
A Valsa, a sublime valsa, a doce e cruel valsa: http://www.youtube.com/watch?v=RD3WwM6l1J0
Um dia, espero encontrar alguém que dance esta valsa comigo. Em um sorriso, em um toque, em um olhar.
Meus sentimentos meio que tentam me convencer que eu já encontrei esta pessoa, e que, na verdade, eu quem não fui capaz de dançar plenamente a música. Mas eu disfarço, faço graça, e eu finjo que não acredito.
O futuro é tão imenso.
Um dia, espero encontrar alguém que dance esta valsa comigo. Em um sorriso, em um toque, em um olhar.
Meus sentimentos meio que tentam me convencer que eu já encontrei esta pessoa, e que, na verdade, eu quem não fui capaz de dançar plenamente a música. Mas eu disfarço, faço graça, e eu finjo que não acredito.
O futuro é tão imenso.
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
Compartilhando uma beleza
Esta música me toca.
Sei que não é grande coisa no universo, mas ela, até pela forma como cheguei a conhecê-la, pelas lembranças que me remetem, pela história que ela carrega em si nas suas notas, me toca.
http://www.youtube.com/watch?v=ZcFgelgVJ9Q
Somedey The Dream Will End - Final Fantasy X OST
Sei que não é grande coisa no universo, mas ela, até pela forma como cheguei a conhecê-la, pelas lembranças que me remetem, pela história que ela carrega em si nas suas notas, me toca.
http://www.youtube.com/watch?v=ZcFgelgVJ9Q
Somedey The Dream Will End - Final Fantasy X OST
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
Memórias e passos
Hoje comecei a caminhar. Comecei assim, como quem não quer nada, disfarçando o desejo de perder uns dez quilos e voltar a possuir o mesmo corpo de antes.
Eu, humano que sou, gosto de as vezes me iludir.
Caminhei sozinho. A priori eu queria uma compania e tentei possuí-la.
Alan não quis caminhar (sedentário, nunca perderá dez quilos! - falsamente jogo falsa maldição), Xinha tinha Biodança, a Cobra tinha grupo de estudos e o Bruno, não o chamei porque ele ainda não me pediu desculpas pelos seus pecados mortais.
Então lá estava eu. Decidido a caminhar, e perder quilos.
Fui sozinho mesmo. Decidi curti-la.
A maior parte das pessoas fogem da solidão, mas eu, de certa forma, me tornei amigo dela. Creio que existe uma solidão boa no mundo.
Caminhei cantando, depois pensando no quanto ainda teria que me tormentar.
Caminhei.
Caminhando, as vezes, imaginava os dois do meu lado. Ora um, ora outro. Meus amores.
A diferença entre amores e paixões é que as paixões se concretizam na carne enquanto os amores no sorriso. E é possível que hajam amores que não são paixões e paixões que não são amores. Tudo seria possível neste mundo de infinitas possibilidades.
E, no momento, eu, sozinho, estava curtindo a minha ilusão.
Mas ilusões não são vida! São pedaços de memórias que tentamos manter e são reconfortantes. Mas não são vida.
"Memories are nice, but this is all they are: memories"
Amanhã pretendo caminhar novamente. Não procurarei fugir exaustivamente da solidão. Talvez me iluda um pouco durante minha caminhada (ou compre um mp4 com fones). Mas, quer saber? Sem pressa. Sem pressa de não estar sozinho, sem pressa de não recorrer às memórias, sem pressa em perder dez quilos.
Então, hoje comecei a caminhar. Comecei assim, como quem não quer nada, disfarçando o meu desejo de, humano que sou, me iludir e permanecer sozinho.
Eu, humano que sou, gosto de as vezes me iludir.
Caminhei sozinho. A priori eu queria uma compania e tentei possuí-la.
Alan não quis caminhar (sedentário, nunca perderá dez quilos! - falsamente jogo falsa maldição), Xinha tinha Biodança, a Cobra tinha grupo de estudos e o Bruno, não o chamei porque ele ainda não me pediu desculpas pelos seus pecados mortais.
Então lá estava eu. Decidido a caminhar, e perder quilos.
Fui sozinho mesmo. Decidi curti-la.
A maior parte das pessoas fogem da solidão, mas eu, de certa forma, me tornei amigo dela. Creio que existe uma solidão boa no mundo.
Caminhei cantando, depois pensando no quanto ainda teria que me tormentar.
Caminhei.
Caminhando, as vezes, imaginava os dois do meu lado. Ora um, ora outro. Meus amores.
A diferença entre amores e paixões é que as paixões se concretizam na carne enquanto os amores no sorriso. E é possível que hajam amores que não são paixões e paixões que não são amores. Tudo seria possível neste mundo de infinitas possibilidades.
E, no momento, eu, sozinho, estava curtindo a minha ilusão.
Mas ilusões não são vida! São pedaços de memórias que tentamos manter e são reconfortantes. Mas não são vida.
"Memories are nice, but this is all they are: memories"
Amanhã pretendo caminhar novamente. Não procurarei fugir exaustivamente da solidão. Talvez me iluda um pouco durante minha caminhada (ou compre um mp4 com fones). Mas, quer saber? Sem pressa. Sem pressa de não estar sozinho, sem pressa de não recorrer às memórias, sem pressa em perder dez quilos.
Então, hoje comecei a caminhar. Comecei assim, como quem não quer nada, disfarçando o meu desejo de, humano que sou, me iludir e permanecer sozinho.
terça-feira, 2 de novembro de 2010
Dia Dois
Hoje, dia 02 de Novembro de 2010, dia de finados, eu completaria seis meses de namoro.
Dia 04, completarei um mês de solteiro.
Nem faço idéia porque estou escrevendo estas coisas.
Na verdade, acho que tenho. Tive um insight hoje pela manhã ou ontem antes de dormir. É que no fundo no fundo eu sinto muito sua falta, no fundo no fundo o que eu mais queria era poder voltar, mas no fundo no fundo não quero admitir isto para mim mesmo.
Porque eu decidi que eu não teria esperanças. Porque eu decidi que eu não correria atrás, que eu não iria pedir para voltar. E tudo aquilo que eu decido eu levo até o fim. Por mais que, no fundo no fundo do meu coração, eu queira voltar atrás.
Hoje é dia de finados.
Hora de enterrar de vez certas coisas
e pessoas
Dia 04, completarei um mês de solteiro.
Nem faço idéia porque estou escrevendo estas coisas.
Na verdade, acho que tenho. Tive um insight hoje pela manhã ou ontem antes de dormir. É que no fundo no fundo eu sinto muito sua falta, no fundo no fundo o que eu mais queria era poder voltar, mas no fundo no fundo não quero admitir isto para mim mesmo.
Porque eu decidi que eu não teria esperanças. Porque eu decidi que eu não correria atrás, que eu não iria pedir para voltar. E tudo aquilo que eu decido eu levo até o fim. Por mais que, no fundo no fundo do meu coração, eu queira voltar atrás.
Hoje é dia de finados.
Hora de enterrar de vez certas coisas
e pessoas
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